sexta-feira, 3 de março de 2017

Poema de Romildo Alves para Rejane Aquino

RETRATO (EXCEPCIONAL)


Sim, uma mão
estirada ao longo do percurso.
Não foi por súplica minha,
parelhou-me em um trecho despretensioso
e estendeu-se, ofereceu-se.

Há razões para se aceitar ou recusar,
mas estas não se manifestaram.
Retribui-lhe o gesto
e suspeitei que aquilo poderia ser amizade
palavra, substantivo comum
e tão incomum como a certeza das frutas
na confusão das estações.

O salto:
Não cumprimos protocolos de competidores.
Não há competição entre amigos,
só o desejo de descobrir, somar
e sinonimizar a vida ao que é de fato, vida.

Romildo Alves

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