Retrato II.I
Para Rita Queiroz
As palavras abrem portas
Para horizontes distintos,
Todos lindos!
Filologia, confraria, a vida em si...
Para horizontes distintos,
Todos lindos!
Filologia, confraria, a vida em si...
Há um canibal que berra daqui
Para ali.
Palavra pulsante que me extravasa
Para o mundo,
Rasgando e devorando
lembranças, fantasias e fantasmas
Que se atravessam por dentro
De mim.
Para ali.
Palavra pulsante que me extravasa
Para o mundo,
Rasgando e devorando
lembranças, fantasias e fantasmas
Que se atravessam por dentro
De mim.
Tudo grita, mas sou mansa, calmaria!
Uma mulher que grita versos
e transpira filologia.
Uma mulher que grita versos
e transpira filologia.
Mais de perto, uma menina de luz,
Onde de gabaritada professora
Se torna abrigo
de amor.
Onde de gabaritada professora
Se torna abrigo
de amor.
Tudo grita e os canibais
Que se achegam
Se labirintam aqui dentro
E lá fora.
Que se achegam
Se labirintam aqui dentro
E lá fora.
Tudo grita!
E aqui dentro: vertigens,
pulsações e cicatrizes.
E aqui dentro: vertigens,
pulsações e cicatrizes.
As palavras abrem portas e aqui dentro, um mundo de abrigo e um léxico que me labirinta.
Rejane Aquino
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